sábado, 26 de março de 2011

Aviso aos navegantes

Olá amigos!

Quero agradecer a todos pelo apoio, incentivo e dizer que as mensagens que recebo me estimulam a continuar nessa caminhada e me dão forças diariamente. Continuem espalhando as mensagens aos seus amigos para que elas alcancem cada vez mais pessoas.

Gostaria de informar-lhes que estarei viajando no período de 27/03 a 04/04 e, portanto, não terei condições de fazer novas postagens no Blog. Mas creiam que essa viagem também será importante para a continuidade desse projeto.

Deixo a vocês algumas sugestões durante minha ausência:
- Leiam o Evangelho de João como forma de preparação para a Quaresma.

Que Deus os abençoe e ilumine sempre!
Paz e Bem!
Marco Túlio Zandonadi

O que vamos ser quando crescer?


Todos nós temos vários projetos. Desde pequenos somos motivados a nos preparar para a vida e sempre nos questionam o seguinte: "o que você vai ser quando crescer?". Geralmente, temos como espelho as atividades de nossos pais. Ao atingir os 17 anos, continuamos a ouvir perguntas similiares: "e aí, já sabe que curso irá escolher para o vestibular?". Com isso, percebemos que a ideia de ser 'alguém' na vida nos é plantada cedo e a evolução desse processo gera inúmeras dúvidas no decorrer da caminhada.

A origem da dúvida nos faz criar expectativas e, não sabendo administrá-las adequadamente, estamos fadados a torná-las frustrações. Ou seja, dúvida gera expectativa, que pode gerar frustração. Aí mora o perigo! Por exemplo, uma vez escolhida a opção de formação acadêmica no vestibular, depositamos todas as fichas nessa aposta, sem levar em conta que os trajetos percorridos podem nos direcionar a outros caminhos que não havíamos pensado inicialmente. E noutras vezes, o medo e a indecisão tomam conta de nós e, até mesmo, nos impedem de tentar o vestibular, ficando estacionados no tempo e deixando a vida passar por covardia de sermos um pouco mais ousados quando deveríamos.

Nesse aspecto, faço críticas ao nosso sistema educacional de crianças e jovens. Somos apenas preparados para passar no vestibular, quando deveríamos ser instruídos para enfrentar a vida e seus grandes desafios. Nos falta ter conhecimento e domínio sobre os valores de convivência, relacionamento em grupo e sobre como administrar nossas finanças; a escola não nos ensina a sermos empreendedores. Independente daquilo que escolhermos para ser na vida, tudo isso é necessário para qualquer papel que formos desempenhar.

Daí, surge a palavra confiança. Sabendo que nos falta bagagem de vida, devemos tomar nossas decisões, acreditando nos propósitos de Deus para nós. Há uma passagem em Provérbios 16, 1-3, que ilustra exatamente isso: "1O Homem faz seus projetos, mas a resposta vem de Deus. 2A pessoa pode achar que sua conduta é certa, mas é Deus quem examina as consciências. 3Confie a Deus o que você faz, e seus projetos se realizarão." 

Portanto, peçamos a Deus que aumente nossa fé, mais e mais, para que consigamos confiar, sem medo, nos projetos que Ele tem para nós. Também façamos como Maria (lembrando que ontem - 25/03 - celebramos a Anunciação do Senhor) que disse SIM ao projeto de Deus e transformou a história da humanidade; ela poderia ter recusado o pedido Dele...

Lembre-se: ainda há tempo! Se você não conhece a sua MISSÃO, entregue a Deus suas decisões. Peça a Ele muita clareza de pensamento para que você saiba tomar os caminhos que Ele indicar e discernir os seus sinais. Ele sempre fala conosco, mas nós é que não O ouvimos.

"Paciência vale mais que valentia, e dominar a si mesmo vale mais que conquistar uma cidade" (Pr 16, 32)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma vida de doação

A Liturgia de hoje (Mateus 20, 17-28) nos convida a refletir sobre um assunto interessante e bastante contraditório aos preceitos do mundo em que vivemos. A sociedade consumista e materialista no prega que devemos sempre ter mais do que temos, ser mais do que somos, alcançar sempre o topo, o maior salário, o melhor carro etc, muitas vezes tendo que ultrapassar os nossos valores e crenças. E isso não pode ser assim!

Devemos sempre nos espelhar naquilo que Jesus Cristo foi, pois Ele veio ao mundo para representar - humana e divinamente - o amor de Deus por nós, seus filhos. Cristo,  verdadeiramente, foi o melhor exemplo de comportamento humano da história pois, sendo o maior líder da humanidade, se colocou numa posição contrária ao que o mundo pregava: serviu a todos até morrer crucificado para nos salvar. Quer maior exemplo de doação que esse? Ele poderia muito bem, sendo Filho de Deus, se colocar num trono e pedir reverências do povo, como faziam os Reis de Sua época. Mas Ele fez o contrário; se colocou para servir e não para ser servido. Agora, como trazemos isso para a nossa realidade?

Quantas vezes deixamos de ajudar alguém porque essa pessoa não pediu, mas, no fundo, sabíamos que precisava de ajuda; das vezes que podíamos dar uma palavra de força a alguém e não o fizemos; quando nossos pais nos pediram um auxílio e recusamos pois estava terminando o 'Big Brother' e não podíamos perder quem seria o eliminado; quando passamos por um mendigo na rua e nem mesmo desviamos o olhar a ele, enquanto podíamos perguntar-lhe como está, do que precisa ou mesmo saber seu nome - ele poderia se sentir importante naquele momento... Agora, se víssemos Jesus na condição do mendigo faríamos diferente, não é?! Mas, ainda há tempo!

Cada um de nós veio ao mundo para cumprir uma missão. Resta-nos entender e termos discernimento daquilo que Deus quer de nós. Devemos dizer SIM ao projeto Dele para nossa vida - sem medo - sabendo que Ele nos prepara o melhor. E para isso, devemos reservar um tempo diário de oração e silêncio, pois assim Ele se manifesta em nosso coração. Nada é por acaso e tudo era pra ser como foi. Não é Deus que escreve certo por linhas tortas; Sua letra é a mais linda do universo, nós, é que somos míopes e não conseguimos ler sua escrita...

Peçamos a Deus sabedoria para entender Seus sinais. Sugiro também que façamos diariamente a leitura (curtinha) do Salmo 131(130). Que nós saibamos ser humildes de coração e solidários na ação. Não sejamos arrogantes, donos da verdade e nem pensemos que já sabemos tudo. Aí vem o desafio proposto por Ele: que deixemos de ser nós mesmos para refletirmos Jesus Cristo em cada gesto e atitude nossa, diariamente. Façamos da nossa vida, uma vida de doação!

Sábias palavras do Padre Bantu Mendonça (Canção Nova): "Fomos feitos para ser cidadãos do céu e o “passaporte” para lá é o amor e a humildade, por isso, humildemente e dobrados, devemos servir aos nossos irmãos e irmãs. Quem ama serve. E quem serve se faz pequeno diante dos homens e se torna grande diante do Senhor."

Rezemos: Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Por que julgamos os outros?

Ontem, 20/3-dom, acordei bem cedo, permaneci na cama por um bom tempo e me veio à mente sobre como tratamos as pessoas com quem nos relacionamos e os nossos julgamentos. Ao ler a Liturgia do dia de hoje (Lucas 6, 36-38), percebi que as passagens da Bíblia coincidiam com o assunto e, por isso, resolvi partilhar meus pensamentos.

Sempre que nos deparamos pela primeira vez com uma pessoa, criamos um rótulo empático, ou seja, atribuímos a ela alguma característica (física e comportamental) que nos marca à primeira vista e assim a consideramos neste início de relacionamento. Eis um grande erro!

Fazemos isso, não porque queremos, mas trata-se de um hábito desenvolvido por nosso cérebro que se baseia em relações anteriormente vividas e tenta associar as características daquelas pessoas a esta que acabamos de nos encontrar. Confuso, não é?! Lembre-se, por exemplo, quando nos primeiros dias de aula na escola, já nos sintonizávamos com algumas pessoas, sem mesmo conhecê-las. Assim também o fazíamos, pensando que não daríamos certo com tal ou tal pessoa; daí dizíamos a famosa frase: "meu santo não bateu com o dela". Com isso, criamos rótulos que nos auxiliam ou pior, nos impedem de construir novas relações, criando falsas barreiras.

Torna-se necessário, então, recorrermos à sabedoria Cristã para nos orientarmos. Jesus amava a todos sem restringir ninguém a nenhum rótulo. Isso porque Ele entendia a dimensão do verdadeiro amor fraternal, o qual pouco conhecemos em essência, e confesso que estou começando a experimentar, graças à vivência plena da Quaresma (oração, jejum e caridade). Ele atendia a todos, distribuía carinho e atenção a todos, principalmente aos que menos seriam considerados merecedores do Seu amor. E o melhor, de forma GRATUITA, sem esperar nada em troca. Imaginemos se Ele tivesse julgado aquele cobrador de impostos que pediu Sua presença na mesa?

Portanto, sabemos que o único que pode nos julgar é Deus, pois só Ele sabe realmente o que se passa em nossos corações e enxerga além de nossas máscaras. Enquanto ainda há tempo, devemos controlar o nosso pensamento e ensinar ao nosso cérebro (e isso é plenamente possível) para que ele aprenda a não julgar e nem mesmo rotular as pessoas. Isso, possibilitará que façamos novas e verdadeiras amizades, que entendamos as diferenças de cada um e saibamos aproveitar os talentos de cada um para nos enriquecer, ao invés de continuarmos perdendo as chances de fazer novos amigos, pelo simples fato do fulano "parecer" ser chato ou "parecer" ser arrogante.

Lembre-se que o que pensamos está apenas em nossas mentes/corações e o mundo pode pensar diferente. Deus deu a cada um de nós qualidades diferentes; resta-nos apenas "querer" enxergá-las.

Outra dica que estou aprendendo a exercitar: não podemos xingar as pessoas! Nós somos seres humanos divinamente criados por Deus e carregamos conosco nosso anjo da guarda. Antes de xingar alguém, imagine que, se xingarmos, nosso anjo estará levando essas palavras para o anjo da outra pessoa. E isto é algo inconcebível a um ser divino que nos ilumina e protege.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Cuidado com a língua

A Leitura do Livro do Profeta Isaías (Isaías 55, 10-11) nos mostra que devemos ter muita atenção e zelo com o que falamos!


Temos que aprender a educar nossa língua para que ela não propague tudo aquilo que pensamos. Nosso pensamento é tão veloz que, ao percebermos, já emitimos o que ele produziu.

Por isso, a importância de mantermos o nosso coração puro e repleto de bons sentimentos, unido à nossa mente, pois assim teremos inúmeras chances de lançar ao mundo palavras que plantem o amor, a alegria e a paz, e haverá um risco menor de que nossa impulsividade prejudique nosso irmão e a nós mesmos.

E ao educar nossa língua, estamos iniciando a educação de nosso pensamento, para que não (pré) julguemos alguém de maneira errada, não pensemos ou desejemos o mau a alguém e assim por diante.

Nessa direção, caminhamos para um mundo cada vez mais humano e fraterno.