Ontem, 20/3-dom, acordei bem cedo, permaneci na cama por um bom tempo e me veio à mente sobre como tratamos as pessoas com quem nos relacionamos e os nossos julgamentos. Ao ler a Liturgia do dia de hoje (Lucas 6, 36-38), percebi que as passagens da Bíblia coincidiam com o assunto e, por isso, resolvi partilhar meus pensamentos.
Sempre que nos deparamos pela primeira vez com uma pessoa, criamos um rótulo empático, ou seja, atribuímos a ela alguma característica (física e comportamental) que nos marca à primeira vista e assim a consideramos neste início de relacionamento. Eis um grande erro!
Fazemos isso, não porque queremos, mas trata-se de um hábito desenvolvido por nosso cérebro que se baseia em relações anteriormente vividas e tenta associar as características daquelas pessoas a esta que acabamos de nos encontrar. Confuso, não é?! Lembre-se, por exemplo, quando nos primeiros dias de aula na escola, já nos sintonizávamos com algumas pessoas, sem mesmo conhecê-las. Assim também o fazíamos, pensando que não daríamos certo com tal ou tal pessoa; daí dizíamos a famosa frase: "meu santo não bateu com o dela". Com isso, criamos rótulos que nos auxiliam ou pior, nos impedem de construir novas relações, criando falsas barreiras.
Torna-se necessário, então, recorrermos à sabedoria Cristã para nos orientarmos. Jesus amava a todos sem restringir ninguém a nenhum rótulo. Isso porque Ele entendia a dimensão do verdadeiro amor fraternal, o qual pouco conhecemos em essência, e confesso que estou começando a experimentar, graças à vivência plena da Quaresma (oração, jejum e caridade). Ele atendia a todos, distribuía carinho e atenção a todos, principalmente aos que menos seriam considerados merecedores do Seu amor. E o melhor, de forma GRATUITA, sem esperar nada em troca. Imaginemos se Ele tivesse julgado aquele cobrador de impostos que pediu Sua presença na mesa?
Portanto, sabemos que o único que pode nos julgar é Deus, pois só Ele sabe realmente o que se passa em nossos corações e enxerga além de nossas máscaras. Enquanto ainda há tempo, devemos controlar o nosso pensamento e ensinar ao nosso cérebro (e isso é plenamente possível) para que ele aprenda a não julgar e nem mesmo rotular as pessoas. Isso, possibilitará que façamos novas e verdadeiras amizades, que entendamos as diferenças de cada um e saibamos aproveitar os talentos de cada um para nos enriquecer, ao invés de continuarmos perdendo as chances de fazer novos amigos, pelo simples fato do fulano "parecer" ser chato ou "parecer" ser arrogante.
Lembre-se que o que pensamos está apenas em nossas mentes/corações e o mundo pode pensar diferente. Deus deu a cada um de nós qualidades diferentes; resta-nos apenas "querer" enxergá-las.
Outra dica que estou aprendendo a exercitar: não podemos xingar as pessoas! Nós somos seres humanos divinamente criados por Deus e carregamos conosco nosso anjo da guarda. Antes de xingar alguém, imagine que, se xingarmos, nosso anjo estará levando essas palavras para o anjo da outra pessoa. E isto é algo inconcebível a um ser divino que nos ilumina e protege.
Muito Bom! continue passando esta energia posivita para tooodos.. um beijo
ResponderExcluirMarco Túlio,
ResponderExcluirÉ muito importante o que você diz sobre o nosso julgamento do próximo. Geralmente quem critica ou desdenha uma determinada pessoa é porque quer ser igual a ela!
"Ninguém chuta um cão morto" já dizia o meu professor no Colégio Arnaldo, Pe José Avril. Psicólogo, ele nos dizia sempre esta frase para significar que as pessoas que te atacam, te constrangem é porque se sentem incomodadas contigo por algum motivo, ou que a gente é mais bonito, mais inteligente, mais rico etc etc
Devemos tratar bem estas pessoas até que elas compreendam que cada pessoa tem o direito de ser como é, sem se preocupar com as outras pessoas.
"CONHECE-TE A TI MESMO" já dizia o sábio Sócrates.
Abrs do GERALDO MAGELA